DESEMPENHO DE REVESTIMENTOS DE POLITETRAFLUOROETILENO E DISSULFETO DE MOLIBDÊNIO EM BROCAS PARA FURAÇÃO DE MADEIRA
Broca para madeira, politetrafluoroetileno, dissulfeto de molibdênio, filmes finos.
O presente estudo mostra a performance de dois revestimentos superficiais de brocas de aço AISI 1060 do tipo Auger Bits para a furação de madeira. Foram avaliados os seguintes tipos de revestimentos: politetrafluoroetileno (PTFE) e dissulfeto de molibdênio (MoS2). A caracterização química dos revestimentos foi feita por espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). Já a avaliação da vida útil da ferramenta, através de testes de bancada, medindo-se o torque e potência durante o processo de furação. A medição de dureza dos corpos de prova de madeira foi feita na escala Shore D, e para a medição de dureza dos filmes e do substrato foi utilizada a escala Vickers. Através da metalografia foram determinadas a microestrutura da broca e a espessura de camada dos filmes. Todas as análises foram realizadas de forma comparativa entre as amostras com PTFE, MoS2 e a amostra sem revestimento (padrão). As brocas com PTFE em relação ao padrão obtiveram reduções do torque de furação na ponta da broca e na região do canal de saída do cavaco de até 35 %, reduzindo-se o gasto de potência elétrica durante as furações. Já as amostras de MoS2 obtiveram além de um aumento do torque de furação de 28 %, um consumo de energia de 18 % superior ao da amostra padrão. Além do filme de MoS2 desplacar totalmente na região das arestas de corte. O torque nas amostras com PTFE foi menor em 49 % em comparação com MoS2 na região da ponta e em 30 % no canal. Testes complementares de furação mostraram resultados positivos em todos os aspectos para as amostras de PTFE em comparação com a padrão enquanto a camada de revestimento não desplacar. Observou-se um revenimento da têmpera nas microestruturas dos substratos de ambos os filmes e redução da dureza devido a exposição ao aquecimento durante o processo de deposição dos revestimentos, no entanto, os resultados apontaram a viabilidade das brocas com filmes de PTFE em detrimento ao MoS2, além da melhor performance quando comparadas com as amostras padrão.