AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA EM ARGAMASSAS COM ADIÇÃO DE FINOS DE TIJOLOS E CARVÃO VEGETAL
Argamassa. Resíduos de tijolos. Finos de carvão vegetal. Gerenciamento de resíduos sólidos. Construção Civil
A região do Vale do Caí - RS é um importante polo de produção de cerâmica vermelha e carvão vegetal. É essencial para a sustentabilidade ambiental e social, que os resíduos sólidos oriundos destas atividades sejam gerenciados adequadamente. Os finos de cerâmica vermelha possuem ação pozolânica comparável com o cimento Portland. A substituição deste por resíduos de tijolos em formulações de argamassa, esbarra na necessidade de ativação álcali, maior consumo de água e temperatura controlada de cura para manter resistência à compressão semelhante ao cimento Portland. O carvão vegetal, por sua vez, possui propriedades adsorventes. Por isso, o objetivo desse estudo consistiu na incorporação destes resíduos, a fim de substituir 25% de cimento Portland em formulações de seis diferentes proporções de mistura de finos de carvão vegetal e de tijolos para produzir argamassa em temperatura ambiente de cura. A evolução da resistência à compressão das amostras foi avaliada em 7 idades de cura, entre 1 e 90 dias. A formulação com 20% de finos de tijolo e 5% de carvão vegetal apresentaram resistência mecânica à compressão maiores que a argamassa sem adição de resíduos, a partir de 28 dias de idade. As análises de termogravimétrica e de fluorescência de raio X, demonstraram que o carvão vegetal não se comporta como um material pozolânico, mas por sua capacidade adsorvente, permitiu o suprimento de água no decorrer da reação pozolânica dos finos de tijolos com o cimento Portland.